Primeiro passo é dado para inclusão das microcervejarias no Simples

Hoje os deputados federais integrantes da Comissão Especial do Supersimples do Congresso deliberaram, por unanimidade, por incluir as microcervejarias brasileiras em relatório, o qual se transformará em projeto de lei. Foi o primeiro passo e oportunamente, será votado no plenário da Câmara dos Deputados.

A ABRACERVA (Associção Brasileira de Cervejas Artesanais) esteve em Brasília explanando a importância das microcervejarias e a necessidade da implantação do sistema de tributação do Supersimples.

Os cervejeiros Marco Piacentini (Kessbier), Rodrigo Silveira (Invicta), Ernesto Mathias e Débora Pina (Santa Dica), Alexandre Bazzo (Bamberg), José Carlos Reino e Marcelo Miguel (Candanga), Alberto Nascimento (Colombina) e o presidente Jorge Glitzer foram nossos representantes nessa importante causa.

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Durante os últimos dias a ABRACERVA fez campanha para que os cervejeiros manifestassem apoio entrando em contato com os deputados através de e-mail e twitter, contando com um grande engajamento, inclusive dos blogueiros cervejeiros. Esse apoio foi fator determinante para o sucesso de hoje. Mas a luta continua e devemos aumentar ainda mais a participação das pessoas.

A importância da inclusão das microcervejarias no Super Simples

Se aprovado estima-se em redução de aproximadamente 30% nas cargas tributárias.

Segundo André Cancegliero, sócio e cervejeiro da Urbana, cervejaria artesanal paulistana, a inclusão impactaria diretamente o mercado de cervejas especiais. “Hoje temos uma carga tributária de 60%, ou seja, dos 10 mil litros que uma microcervejaria produz por mês, seis mil litros vão para o caixa do governo em impostos, restando apenas quatro mil litros para pagar todos os custos da empresa. Isso impede o crescimento porque não temos escala de produção”, explica.

Jorge Gitzler, afirma que o setor de microcervejarias reponde por cerca de 1% do mercado total de cerveja com um faturamento de R$ 3 bilhões ao ano. Segundo ele, com a inclusão no Supersimples, seria possível dobrar a participação no mercado em cinco anos e movimentar mais de R$ 6 bilhões ao ano. “O fato é que o Governo não abrirá mão da arrecadação, pelo contrário, vai arrecadar o que não está recebendo ao possibilitar a formalização de muitos pequenos negócios”, argumenta.

A bancada contrária alega que a aprovação acarretaria em um maior consumo de álcool, ocasionando maiores gastos do governo com o sistema de saúde. Mas essa tese é justamente inverso ao que vêm acontecendo com o crescimento das microcervejarias que tem atraído um público que faz consumo consciente levantando a bandeira “Beba menos, beba melhor”.

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Imagens: Divulgação ABRACERVA

Puggina

Paulistano, atua como Consultor na área de TI e bacharelado em Administração com ênfase em Marketing.

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